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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Texto 1 e Texto 2

A pedido de alunas da 5ª série, estou postando dois textos trabalhados em aula, os quais elas adoraram!
Texto 1

MÃE, VOCÊ NÃO TÁ ENTENDENDO...
            Às vezes, fico dentro do meu quarto, com a luz apagada, ouvindo música e pensando em várias paradas... paradas que me dão o maior medo. Medo do mundo acabar, por exemplo. Isso é muito sinistro. Será que o mundo vai acabar mesmo? Cara, eu ainda quero tantas coisas. Ah, falando em mundo acabar, não se esqueça: você tem que me dar aquela bendita mochila, não pensa que esqueci não. E se o mundo acabar e você não tiver me dado, juro que vou te cobrar até a eternidade, hein, mãe!
            Se bem que pode até ser bom o mundo acabar antes de mostrar meu boletim para você. Não que eu não tenha me dado bem, mas é claro que não vai ser o que você esperava de mim, mesmo porque você sempre vem com aquele papo: “Ah, mas é porque eu te acho menina de dez e não de nove e meio!” Fala sério! Piada, né?
            Mãe, eu tenho medo de crescer, não conseguir casar e ficar quem nem a tia Marisa, que ficou solteirona e vive reclamando de tudo o tempo todo. Ninguém merece dois minutos ao lado da tia Marisa, coitada. Quando a encontro na rua, eu tipo assim vou lentamente mudando de calçada, senão... fico mais angustiada e eu não tô podendo! Aí, eu penso, se por outro lado eu não casar e não tiver filhos, não vou engordar, não vou ficar sem dormir todas as noites da minha vida, não vou ter que tomar conta de um monte de adolescentes pentelhos que não sabem o que querem... assim como eu! Ó vida, crescer ou não crescer, eis a questão.
            Mas aí eu penso: Caraca! Todas as pessoas crescem um dia, menos o Peter Pan, é claro! E já me vejo como a Wendy, na Terra do Nunca, de mãos dadas com o gato que faz o Peter Pan do filme (como é mesmo o nome dele?). Ele me tratando de princesa e eu lá, tomando sol, comendo frutas, nadando naquele mar maravilhoso e de repente... aparece um bando de meninos perdidos para acabar com a minha alegria e ficar me chamando de mãe! Fala sério! Tô fora. Nem o Peter Pan consegue impedir a gente de crescer!
            Sabe, mãe, crescer também significa que um dia você e o meu pai não vão mais estar aqui e isso me dá medo...
            MÃE, VOCÊ NÃO TÁ ENTENDENDO!
            Tô mal... Dá prá cuidar de mim?
Heloísa Perissé. As Cartas de Tati.
Texto 2
A VELHA CONTRABANDISTA

Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega a mandou parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:
- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo e respondeu:
- É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas às vezes, o que ela levava no saco era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
- Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
- Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:
- Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?
- O senhor promete que não “espaia” ? – quis saber a velhinha.
- Juro – respondeu o fiscal.
- É lambreta.
(Stanislaw Ponte Preta)

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